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Na região mais a norte do distrito da Guarda, conhecida como Alto Douro, expressões artísticas com cerca de 25.000 anos embelezam as margens do Douro e do Côa.
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A apenas 11 kms do Pocinho, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, situa-se o Parque Arqueológico do Vale do Côa. As margens do rio Côa, afluente do Douro, são conhecidas pelas gravuras rupestres – pedaços da História do nosso território que o Homem gravou na pedra há cerca de 25.000 anos.
As visitas estão recheadas de cultura e, para os mais arrojados, há a possibilidade de um passeio noturno pelas gravuras do Côa.
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Da descoberta à classificação como Património Mundial
Há muito conhecidas pelas pessoas da região, sobretudo os pastores ou os moleiros que trabalhavam nas margens do rio na zona da Canada do Inferno, as gravuras do Vale do Côa, foram identificadas pela primeira vez em 1991, pelo arqueólogo Nelson Rebanda, que acompanhava a construção da barragem do Côa. Tornada pública em 1994, a descoberta provocou grande discussão pois a construção da barragem provocaria a submersão daquela área.
Tendo em conta a opinião dos especialistas acerca da importância artística e científica das gravuras do Côa, o governo português decide abandonar a construção da barragem em 1996. Foi então criado o Parque Arqueológico do Vale do Côa, a fim de proteger e divulgar a riqueza artística e arqueológica do local.
Em 1998, a UNESCO classificou os núcleos de gravuras rupestres como Património Mundial, dando a conhecer ao Mundo este tesouro da Humanidade, em território nacional.
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Desde a sua descoberta, em meados da última década do século XX, até aos dias de hoje foram identificadas mais de 1200 rochas com gravuras rupestres, numa área com cerca de 200 kms2 que abrange os concelhos de Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e Mêda.
O Vale do Côa é o único local no mundo a apresentar manifestações artísticas de diversos momentos da Pré-História, Proto-história e da História, nomeadamente o mais importante conjunto de arte paleolítica ao ar livre até hoje conhecido.
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Um Museu de arte paleolítica ao ar livre
As gravuras rupestres do Côa vieram mudar o paradigma da mais antiga expressão artística da Humanidade que, até então, se pensava estar circunscrita a grutas subterrâneas. Depois da sua identificação, em meados da última década do século XX, colocou-se a hipótese de a arte rupestre ao ar livre ter sido mais comum. Só que, devido aos diversos agentes erosivos naturais e a própria atividade humana ao longo dos milénios, os seus vestígios terão sido apagados. Daí a preservação dos sítios arqueológicos do Vale do Côa ser tão importante.
Apesar de existirem mais de 80 sítios com arte rupestre, distribuídos numa extensão de cerca de 30 kms na margem do rio Côa e cerca de 15 kms ao longo do rio Douro, estão abertos ao público apenas três núcleos de gravuras: Canada do Inferno (o primeiro local a ser identificado), Penascosa e Ribeira de Priscos.
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A grande maioria dos motivos rupestres localiza-se em rochas de xisto, mas também podemos encontrar gravuras e pinturas sobre granito. As técnicas utilizadas para a gravação eram comuns na altura, semelhantes a técnicas identificadas em gravuras encontradas em Espanha e França, como a incisão filiforme, picotagem, abrasão e raspagem. Quanto às temáticas representadas, os animais são as figuras mais comuns – cavalos, vacas, cabras e veados -, representados isolados ou em grupo.
Como um museu ao ar livre, as gravuras rupestres de Foz Côa são um tesouro da história da Humanidade que todos, independentemente da idade ou sensibilidade artística, devem visitar!
Fonte: arte-coa.pt
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