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O Porto é uma cidade histórica, rica em património cultural. Tão rica que alguns museus passam despercebidos, até aos seus habitantes. Neste artigo encontra 5 museus, para descobrir e visitar.
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Pintura, escultura, fotografia e até futebol! No Porto a oferta cultural é vasta e há museus para todos os gostos, espalhados por todos os recantos da cidade. Alguns conhecemos em visitas escolares, outros até passam despercebidos, mesmo aos habitantes da Invicta.
É normal que, com a agitação do dia-a-dia, e sendo o local onde vivemos e trabalhamos, não nos lembremos de ser “turistas” na nossa própria cidade. Mas é a isso mesmo que o queremos desafiar! Por isso, preparamos uma seleção de museus menos populares, que escapam aos roteiros turísticos, para descobrir e conhecer melhor a sua própria cidade.
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Centro Português de Fotografia
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O Centro Português de Fotografia é, provavelmente, o Museu mais conhecido desta seleção. Pode nunca o ter visitado, mas de certeza que conhece o imponente edifício, situado em pleno Centro Histórico do Porto, junto à Torre dos Clérigos.
Antiga Cadeia da Relação do Porto, este edifício começou a ser construído em 1767 e funcionou como cadeia e tribunal até Abril de 1974, alguns dias depois da Revolução, quando foi desativado por razões de segurança. Acolheu os mais reputados malfeitores, políticos em desgraça, revolucionários, mas também o escritor Camilo Castelo Branco, que durante o seu cárcere escreveu o livro “Amor de Perdição”, que viria a ser um dos seus maiores sucessos.
Em 1997, depois de várias obras de recuperação, passou a acolher o Centro Português de Fotografia (CPF), criado pelo então Ministério da Cultura, com a missão de salvaguardar, valorizar e promover o património fotográfico.
A programação divide-se entre a fotografia contemporânea e histórica, tanto portuguesa como internacional. Aqui pode conhecer a evolução da fotografia, assim como observar a impressionante exposição de máquinas fotográficas, algumas com mais de 100 anos!
Uma visita ao CPF oferece várias experiências, já que intercala as exposições temporárias e permanentes, com a possibilidade de conhecer a história do edifício, visitando as diferentes celas e as antigas salas de castigo para os presos.
Garantimos que será uma visita enriquecedora, e de realçar que a entrada é gratuita!
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A Casa de São Roque
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Já aqui falamos, noutro artigo, do fabuloso Parque de São Roque, mas desta vez vamos concentrar-nos na Casa, que não deixa nada a desejar.
A sua história remonta a 1759, altura em que, fazendo parte da Quinta da Lameira, funcionou como mansão e pavilhão de caça, como era típico na burguesia e nas famílias nobres do Porto. A partir do século XIX, passou a ser propriedade da família Ramos Pinto, conhecidos produtores e exportadores de vinho do Porto. Entre 1900 e 1911, António Ramos Pinto encomendou ao arquitecto José Marques da Silva a remodelação e expansão da casa, que se inspirou nos historicismos franceses do século XIX e na Art Nouveau belga, ao mesmo tempo que Jacinto de Matos desenhou o jardim.
Em 1979, toda a quinta e a casa foram adquiridas pela Câmara Municipal do Porto. Depois de mais de quatro décadas de estar praticamente abandonada e ter começado a entrar em ruína, em 2019 o presidente da Câmara, Rui Moreira, decidiu transformar a Casa de São Roque num polo do dinamismo social, decidindo instalar na Casa uma coleção de arte contemporânea.
Além das exposições temporárias, o próprio edifício é uma obra de arte digna de contemplação, pois mantém até aos dias de hoje o seu original estilo eclético e é um exemplar marcante das casas da época do Porto, pela suas características arquitetónicas e decorativas, onde o seu jardim de inverno é um exemplar único.
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Museu da Farmácia do Porto
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O Museu da Farmácia inaugurou originalmente em Lisboa, em junho de 1996, graças à doação de peças de farmácias de todo o país à Associação Nacional das Farmácias, com o intuito de preservar a história da profissão farmacêutica. Só em 2010, surgiu o novo polo na cidade do Porto.
O espólio do Museu da Farmácia do Porto reúne objetos raros de grande valor histórico, artístico, antropológico e científico, oriundo de civilizações e culturas tão diferentes como a Mesopotâmia, o Egito, a Grécia, Roma, os Incas, os Astecas, o Islão, a África, o Tibete, a China, o Japão, entre outras. De salientar que todas as peças são originais e foram compradas a colecionadores, tornando este museu um espaço verdadeiramente especial. Através destes objetos é contada a História mundial através da evolução do tratamento da saúde.
Entre as várias preciosidades deste Museu destacam-se as farmácias portáteis, nomeadamente a que pertenceu à Família Romanov, construída em madeira e cerâmica, e com apontamentos em madrepérola – uma verdadeira obra de arte do século XVIII! No edifício encontram-se ainda duas reconstituições de farmácias – a Farmácia Estácio do Porto, que estava localizada na Rua Sá da Bandeira – muito famosa no seu tempo pela Balança “falante” – e a Farmácia Islâmica, uma farmácia do interior de um palácio do Império Otomano, localizada em Damasco, no séc. XIX.
Resumindo, uma visita ao Museu da Farmácia do Porto é uma viagem de 500 milhões de anos que nos conta a história de povos e civilizações, através das doenças e da procura da cura das mesmas.
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Casa Museu Fernando de Castro
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Em plena Rua Costa Cabral, a 800 metros da praça do Marquês, uma casa de discreta fachada, aparentemente igual às outras, guarda um tesouro invulgar, resultante de 30 anos da vida de um portuense. Residência de Fernando de Castro (1889-1946), negociante, poeta, caricaturista e sobretudo colecionador, aqui reuniu uma vasta coleção de pintura, escultura, livros e objetos, além de imensa talha dourada com a qual criou ambientes surpreendentes.
Na Casa Museu Fernando de Castro encontramos reunido um conjunto muito interessante de obras: pinturas do século XVI ao século XX, com destaque para a pintura naturalista dos séculos XIX-XX, escultura, quase que exclusivamente de carácter religioso, do século XVI ao século XIX, algumas peças de cerâmica, vidro e torêutica, mas sobretudo uma grande quantidade de talha, proveniente de igrejas e conventos, a qual reveste praticamente todo o interior da habitação. É precisamente a talha que em muitas situações serve de fundo ou de suporte à exposição dos objetos, criando nesta casa um ambiente absolutamente inesperado, sem espaços vazios. A densidade da decoração é absolutamente estonteante, remetendo-nos ora para o palácio de Versalhes, ora para Igreja de S. Francisco no Porto.
Literalmente, de encher o olho!
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O Banco de Materiais
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O Banco de Materiais não é propriamente um museu, é um conceito inovador de reserva visitável, que permite mostrar os mais variados exemplares decorativos e construtivos provenientes da arquitetura portuense como azulejos, estuques, ferros, etc..
Instalado desde 2010 no Palacete dos Viscondes de Balsemão, o Banco de Materiais encontra-se aberto ao público, sendo o seu principal objetivo salvaguardar materiais caracterizadores do Porto, recolhendo-os dos edifícios degradados, a demolir ou a alterar, com a finalidade de serem devolvidos à cidade.
O azulejo tem especial destaque, sendo um material que integra, de forma muito expressiva, a arquitetura portuense, diferenciando-a. Mas no Banco de Materiais, podemos encontrar e saber mais sobre muitos outros materiais como por exemplo, as antigas placas das ruas da cidade, grades de ferro e pisos, as singulares mãozinhas para bater à porta, os beirais de faiança e muito mais.
Se é fã da arte do azulejo e aprecia os detalhes singulares das fachadas do Porto, a visita ao Banco de Materiais é obrigatória!
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Surpreendido com estes museus? Então saiba que ainda há muito mais para descobrir na cidade do Porto. Sugerimos que vá à descoberta da sua cidade – aproveite as férias de Natal para ser turista “cá dentro” e visitar um Museu, Monumento ou até fazer um típico Cruzeiro das Pontes.
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